A paz antiga e a discórdia que se anuncia

Eu ando com muita preguiça de postar, talvez por isso acabei perdendo o direito de postar no meu primeiro blog o www.larubiaenelavion.blogger.com.br. Mas dessa vez vou tentar manter uma constância mínima.

Por conta da minha falta de disciplina, vou fazer uma retrospectiva básica dos últimos acontecimentos. Sexta-feira passada eu precisei dar um ultimato no marido. Tivemos uma conversa bem séria no estilo "não faz sentido eu viver com quem eu não quero se não estamos numa boa". No final da conversa minha sensação foi que eu tinha mesmo que arrumar minhas coisinhas, achar um lugar pra morar e ser feliz bem longe de quem me incomoda. Simplificar mesmo!

Meu sábado foi muito bom! Saí bem cedinho e fui encontrar com a Paulinha para pegar uma calça jeans do brechó dela. Nem acreditei no quanto a calça ficou perfeita! Ainda não tive oportunidade de usar, mas tenho certeza que vai ser uma das minhas peças chave.

Depois corri para o Lavoisier porque tinha um teste ergométrico pra fazer. Eu estava tão feliz por não estar em casa com cunhados que nem liguei de esperar horas e ser esquecida na recepção. Fiz o exame (preciso urgente me matricular na academia e procurar um médico vascular). E fui bem tranquila andando até o Masp para encontrar minhas amigas para um almoço.

No caminho ainda descobri que o Carga Roubada não tinha fechado e comprei umas coisinhas (bem poucas mesmo, parabéns pra mim!). E fui aproveitando o passeio, respirando... muito bom! Cheguei no Masp uns 5 minutos antes do horário marcado (raridade!) e a Josi já estava lá. Ficamos conversando e logo chegou a MH e depois de um tempo a Má.

Almoçamos no restaurante do Masp (caro e nada de extraordinário, as sobremesas achei fraquinhas). O garçom ficou cantando a Má. Foi muito divertido, leve. Na volta a MH resolveu me dar uma carona até a minha casa e fomos conversando sobre coisas menos amenas. A separação dela, a recosntrução da vida e da personalidade, o reencontro com ela mesma.

Vi que eu e ela, mesmo com a diferença de idade, temos muitas coisas em comum. E pior que o meu marido e o ex dela também! Ter essa conversa com a MH me fez ver que muitas vezes é muito perigoso para nós mesmos adiar o inevitável. Não dá pra fingir que é normal sentir alívio quando estamos sozinhas... Reforçou minha sensação de que é importante começar a procurar um lugar para morar e tornar a possibilidade mais concreta, mesmo que eu não faça nada. Perdi minha aula no curso de espiritismo, mas acho que valeu a pena.

Cheguei em casa e fui pro meu quarto porque eu não estava sozinha. O marido estava na construção. Fiquei assistindo minhas séries bem tranquila e quando o marido chegou, bem mais tarde, me perguntou se eu não queria ir com ele devolver o quiosque que ele tinha usado na sexta. Eu respondi que não, com muita sinceridade. Não estava a fim de passear de carro...

Mas aí resolvi ser mais "aberta" e perguntei porque ele queria que eu fosse e ele respondeu que poderíamos comer alguma coisa depois de entregar o quiosque. Aí eu topei. Procurei uns lugares na internet e saímos de casa decididos a ir num japonês na Vila Olímpia. Claro que demoramos para achar o lugar, aí estava vazio demais, aí não dava mais tempo de ir no indiano que era a segunda opção porque já era muito tarde e acabamos comendo em um mexicano em Moema!

Mas foi muito bom! A comida estava ótima, tomei uma mini marguerita frozen e uma outra bebida, lembramos da primeira vez que saímos juntos (foi no mesmo restaurante, mas em outra unidade) . Foi muito bom e sem dúvida foi um movimento de reconciliação. Nas palavras ele se mostrou indiferente, mas nas atitudes não.

Só que aí a semana começou e as picuínhas diárias recomeçaram também... Irritação por espaço na geladeira, louça, excesso de trabalho... Eu não tenho a ilusão de que quando os cunhados não morarem mais conosco as coisas serão perfeitas, mas certamente eles ajudam a paz a durar menos. Isso é indiscutível!

Vamos ver o que os dias de folga nessa semana de Carnaval me reservam...